quinta-feira, 27 de julho de 2017

Terceira Onda Missionária



Terceira onda - LPF





Um pouco de História em um contexto geral

  • A Primeira Onda de Missões se deu na Inglaterra, em 1792, através de William Carey, considerado pai do movimento missionário moderno. Esta onda alcançou as regiões costeiras do mundo.
  • A Segunda Onda de Missões nasce através de gente como Hudson Taylor e C.T. Studd, e seguiu alcançando as terras desconhecidas no interior dos continentes.
  • A Terceira Onda de Missões é esta na qual temos vivido a maioria de nós. A pessoa que realmente deflagrou este movimento mundialmente foi Dr. Ralph Winter durante os congressos de Billy Graham em Lausanne no início dos anos 70. Nela foram definidas certas terminologias e conceitos de missões que todos nós conhecemos, tais como: Povos não Alcançados, Janela 10×40 e outros.


MAS PODEMOS FALAR DA TERCEIRA ONDA MISSIONÁRIA VOLTADA PARA O CONTEXTO SOMENTE ENTRE OS INDÍGENAS.
Quero aqui usar como base um conhecido de campo e autor de alguns livros o missionário Isaac Costa que tive o privilegio de conhecer no inicio de meu ministério há alguns anos atrás.


            A PRIMEIRA ONDA MISSIONÁRIA, chamada de “ONDA ESTRANGEIRA”, a primeira tentativa, foi pelos franceses em 1557, no Rio de Janeiro, mas foram expulsos pelos Portugueses, mas foi oficialmente em 1913 pela –South, American Indian Mission, 1931 – UFM 1946 – 1946 Wycliffe -1956 Sil.
Com um grupo assim de missionários, essa onda se tornou-se reconhecível.Esses trouxeram o evangelho para o Brasil em 1557 a 1654 na evangelização entre os indígenas, mas oficialmente obtiveram seus primeiros resultados entre os Terenas em 1912.

            A SEGUNDA ONDA , chamada de “ONDA NACIONAL”, segundo Isaac  Costa , entre 1925 e 1926, Zacarias Campelo iniciou um trabalho junto a comunidade indígena Khahô e também entre os Xerentes, foi um trabalho pioneiro,desbravador e isolado, 65 anos depois a Junta Batista começou a se envolver e logo a missão Caiúa em 1928, depois veio, Missões  Novas Tribos do Brasil em 1953 e assim conforme as necessidades foram surgindo missões  com cursos específicos varias outras agencias missionárias dando características a essa onda de nacionais na luta de alcanças os indígenas dentro de seu próprio território.

            A TERCEIRA ONDA, chamada de ” ONDA INDÍGENA”, ao passo que a caminhada na busca por parceria com as igrejas, principalmente as nacionais, a onda missionária indígena tem sido forte, pois, com toda limitação, já tem procurado atender outros povos de outras etnias graças a algumas igrejas indígenas e parceiros atuantes. Isaac Costa em sua pesquisa relata que a primeira instituição para o preparo de lideres indígenas evangélicos deu-se com a adaptação em 1980, do Instituto Bíblico Cades Barnéia, sob direção da South American Indian Mission (SAIM, hoje essa escola tem índios Terena em sua direção. O instituto pertence a primeira organização evangélica indígena (UNIEDAS-União das Igrejas Evangélicas da America do Sul) onde os missionários estrangeiros passaram o comando para da missão para os próprios indígenas, numa visão fantástica e que no futuro seria a primeira missão autóctone que enviaria missionários indígenas para os próprios povos indígenas do Brasil .Hoje varias missões estão engajadas nessa onda, a igreja indígena esta em franco crescimento, e isso se deu a partir das relações intertribais locais, atuação missionária com ênfase no discipulado e treinamento indígena.


        Estamos hoje nesse mover missionário entre os indígenas vivenciando a TERCEIRA ONDA MISSIONARIA, onde estes povos estão ganhando o seu próprio povo para Jesus , hoje estamos dando suporte, assistência, treinamento bíblico e teológico e eles tem dito sim ao chamado da grande comissão e temos muito por fazer, ainda há 147 etnias por serem alcançadas com o Evangelho dentro do Brasil (segundo estatísticas DAÍ-AMTB) ainda resta muito por se fazer, mas cremos no potencial incrível dos irmãos indígenas e no desprendimento e disposição em atender ao chamado do Senhor, só precisamos dar-lhes ferramentas necessárias.

        Para isso Deus esta nos dando um grande desafio, a abertura do Primeiro Centro de Treinamento Missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular, voltado para os Povos Indígenas – CIMQ – Centro Indígena Missionário Quadrangular.


Nosso objetivo é de treinar o indígena já convertido, dando capacitação Bíblica, Missiológica e Teológica, para o desenvolvimento de um trabalho eficaz dentro de sua etnia e visando o alcance de outras etnias dando visão missionária evangelística. Nosso objetivo também é de oferecer treinamento para cristão não indígenas, mas, que tenha sido vocacionado por Deus para o trabalho missionário entre os povos indígenas.

  
        Esse é o mover da terceira onda Missionária: “ INDÍGENAS GANHANDO INDÍGENAS PARA CRISTO”


Ana Paula Tomaz Delfino
Missionária da SGM


Missionária Ana Paula Tomaz Delfino

sábado, 22 de julho de 2017

Comunidade Darôra


Comunidade Darôra - Roraima.


            O Darôra é uma é uma comunidade indígena da etnia Macuxi, localizado nem Roraima, na região do Baixo São Marcos, situada as margens do rio Itacutu. A comunidade tem aproximadamente 45 famílias e 180 pessoas.
  Darôra é uma palavra indígena em Macuxi, o nome de uma árvore típica daquela região, significa "Pau duro", e é uma árvore muito utilizada na construção de casas como coluna, currais para animais, e cerca para a roça dos indígenas.
            Eu tive o prazer de conviver nesta comunidade quase um mês corrido, pude participar de muitas coisas que eles tem costume de fazer diariamente como por exemplo:

  • Pescaria em lagos, rios e Igarapés; Muito comum a pescaria para venda e consumo.

  • Fabricação de Farinha; Um dos pratos principais da alimentação indígena.

  • Campear; Buscar o gado no campo e levá-lo ao curral.

  • Adestramento de Cavalo; Lá tem muitos cavalos "Bravos", alguns trabalham amansando os cavalos, vendas ou trocas.

         A culinária é riquíssima, pois os alimentos de consumo são de fabricação própria, sem conservantes ou adubos químicos. Tem muita diversidade de frutas; Dão, Ata, Azeitona, Araçá, Caçari, Taberebá, Mirixi, Caju, e me lembro das Mangas do vovô Fernando com Mangueiras centenárias uma delícia, dentre outras.
No dia a dia o mais comum é Peixe, carne de gado, carne de capivara, porco, paca e etc.
Tem também a Damorida que é uma comida bem apimentada típica dos indígenas, que vem com acompanhamento o caxirí feito de mandioca. A macaxeira também é muito comum na culinária, assim como a batata.
Tem a plantação de melancia, milho, feijão, abóbora, maracujá, laranja entre outros.
       É costume do povo indígena juntar as panelas e fazer sua refeição, geralmente o almoço e janta juntos, no barracão (costume passado de geração em geração).
     
      O líder da comunidade conhecido como "Tuxaua", reúne o povo para tratar sobre a construção das casas, ele forma as equipes de trabalho onde eles irão providenciar o material para construção, madeira, palha (para cobrir a casa), ripa, adobo (tijolos feito do barro).
      Nas datas comemorativas, eles se reúnem no "malocão da comunidade, e fazem uma grande festa, com brincadeiras, danças do parixara, dança do areruia, guerra do Jabuti, corrida com tora, músicas tradicionais local do Baixo São Marcos e da própria comunidade.
      Durante o tempo em que estive ali, eu aprendi algumas palavras em macuxi, pois eu gosto muito de aprender novos idiomas.

 
Aprendi palavras como:

  • Morî'wei - Bom dia;
  • Morî pe nan? - você está bem?
  • Inna - Sim
  • Morî pe' wai - estou bem.
  • Kane - Não
  • Paapa' - pai
  • Paa'pa - Deus
  • Ka'poi - Lua
  • Tuna - Água
  • Kawaré - Cavalo
  • More - Criança
  • Kono' - Chuva
  • Yei - Árvore




     Foi um tempo muito bom, onde pude fazer boas amizades, aprender muito com eles compartilhar a palavra de Deus com eles. A Quadrangular tem uma igreja dentro da comunidade, com um pastor indígena da comunidade, a SGM tinha um casal de Missionários que viveu lá quatro anos. Este ano no estado de Roraima vai acontecer o CIMQ um centro de preparação teológica e missiológica, que visa preparar os indígenas para aturem como missionário em suas comunidades ou em outras as quais não tem presença missionária, onde este casal estão liderando o centro de treinamento(falarei no próx pos).



Para a realização deste post, eu precisei da ajuda de um amigo Paulo Sérgio, um indígena da comunidade Darôra, ele tem 25 anos, é missionário na própria comunidade e tem ajudado a sua Igreja local com o cuidado dos Jovens.
Eu e o Paulo Sérgio (esquerda).
Segue algumas fotos do tempo em que estive na comunidade.

Culto na casa debaixo da mangueira


Mesa Almoço Indígena


Vários lugares de Darôra

Jogo de Futebol na comunidade.

Escola Bíblica Quadrangular na Comunidade.

Pescaria as margens do Rio Itacutu.

Cuidando do Gado.

Adestramento de Cavalo

Lago na comunidade

Construindo casa

Acertando o tamanho da palha (telhado).

Levantando as paredes.

Adobe (tijolo de barro).

quinta-feira, 20 de julho de 2017


Multiplicação dos pães

Jesus alimentou uma grande multidão

Jesus manifesta seu poder de forma milagrosa, ele faz o alimento multiplicar e alimenta multidão.

       João 6
1Depois disso, Jesus atravessou o lago da Galileia, que também é chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia porque eles tinham visto os milagres que Jesus tinha feito, curando os doentes. 3Ele subiu um monte e sentou-se ali com os seus discípulos. 4A Páscoa, a festa principal dos judeus, estava perto. 5Jesus olhou em volta de si e viu que uma grande multidão estava chegando perto dele. Então disse a Filipe:
— Onde vamos comprar comida para toda esta gente?
6Ele sabia muito bem o que ia fazer, mas disse isso para ver qual seria a resposta de Filipe.
7Filipe respondeu assim:
— Para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata.
8Então um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse:
9— Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isso para tanta gente?
10Jesus disse:
— Digam a todos que se sentem no chão.
Então todos se sentaram. (Havia muita grama naquele lugar.) Estavam ali quase cinco mil homens. 11Em seguida Jesus pegou os pães, deu graças a Deus e os repartiu com todos; e fez o mesmo com os peixes. E todos comeram à vontade. 12Quando já estavam satisfeitos, ele disse aos discípulos:
— Recolham os pedaços que sobraram a fim de que não se perca nada.
13Eles ajuntaram os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães.
14Os que viram esse milagre de Jesus disseram:
— De fato, este é o Profeta que devia vir ao mundo!

O texto nos diz que Jesus é o nosso provedor, tudo o que necessitamos somente Jesus pode nos dar.
Jesus é o grande provedor, todas as coisas vêm d’Ele, Jesus tem todo poder nos céus e na terra como diz em Mateus 28: 18 Então Jesus chegou perto deles e disse: —“ Deus me deu todo o poder no céu e na terra ”. Ele tem todo o poder para prover tudo o que precisamos.

A bíblia menciona que já era tarde para a multidão sair para comprar comida, e que para que cada um presente ali comesse um pedaço de pão, precisaria mais de duzentas moedas de prata, o equivalente hoje a 200 mil reais aproximadamente.

Jesus tinha todo poder e por isso onde ele ia uma multidão o seguia. Nesta passagem a multidão seguia a Jesus e faziam já horas, que estavam sem comer porque estavam afastadas da cidade. Os discípulos não viam outra solução se não mandar o povo ir embora para que comessem algo. Porem Jesus tendo todo o poder em suas mãos, já sabia o que ia acontecer, mais ele pergunta a Filipe um de seus discípulos onde poderia comprar pão para ver qual seria a atitude dele, diante de um grande problema.

 Depois da resposta negativa de Filipe, André outro discípulo apresenta um menino que trazia cinco pães e dois peixinhos, mas o que era isto diante daquela multidão? Jesus pediu para os discípulos separar a multidão em pequenos grupos.
Jesus sabia que teria que manifestar o seu poder, porém pegou o pão e agradeceu a Deus. Jesus sendo o filho de Deus ora agradecendo o que Deus proveu, e reparte entre todos e fez o mesmo com os peixes, todos puderam comer o suficiente para se satisfazerem.

                O menino que foi encontrado pelo discípulo entregou tudo o que ele tinha, nas mãos de Jesus. Ele não deu uma parte ou recusou por ser tudo o que tinha, ele simplesmente entregou e confiou em Jesus.
Já em contraste vemos a passagem do jovem rico em Mateus 19:16-22, ele não era generoso por isso não quis abrir mão de sua riqueza dando aos pobres tudo o que tinha, com medo de faltar alguma coisa, ou de Jesus não ter poder para suprir as necessidades dele.

                Em tudo o que Jesus fez, ele nos ensinou algo. E nesta passagem não foi diferente. Ele nos ensinou que o milagre pode estar perto de nós, que temos e podemos multiplicar tudo o que vem em nossas mãos, que a generosidade gera bênçãos em nossas vidas e que não podemos desperdiçar aquilo que Deus coloca em nossas mãos.

No versículo 12, podemos observar que Jesus esperou todos se saciarem e então disse aos discípulos que recolhessem todos os pedaços que sobraram, para não estragar nada.

Deus não gosta de desperdício! Jesus nos mostrou o que temos que fazer quando o milagre da multiplicação acontece, recolher e guardar para que nada se perca, o menino que tinha somente cinco pães e dois peixes volta para sua casa saciado e presenciou um dos maiores milagres de Jesus por causa de sua generosidade.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Retorno do blog



De volta a Ativa....



Estou voltando com o blog, desculpe-me pois estive longe estes últimos meses pois estava no ano passado em uma base de treinamento no Paraná me aperfeiçoando fazendo um curso de missões urbanas transculturais.
Este ano estou em Roraima colocando em prática o que aprendi, sendo obreiro num Centro de Treinamento voltado para os povos indígenas. Porém vou voltar a ativa aqui no blog relatando minhas experiências nas comunidades indígenas e no curso aqui chamado CIMQ.